sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

(re) Construir Diário!

Chegar em um lugar, em que sequer você imaginava morar algum dia, ou no máximo pensar: ah! quem sabe um dia eu viajo para conhecer ou passar alguns dias, sabe, aquela coisa sem muito compromisso e sem grandes pretensões. Era este o meu sentimento, perante a Alemanha. 
Lógico, que algumas coisas eu sabia do país, referente aos costumes, tradições, culturas e principalmente todo o contexto histórico, pela qual passou o país. 
A minha "viagem", começou a se transformar em realidade, a partir do momento em que realmente decidi, a embarcar nesta aventura. Vejam, que só fui viajar dois meses depois. Essa transformação foi ocorrendo de forma gradativa de um lado e simultaneamente, do outro lado uma (re) construção no modo de pensar, de estar, de esperar. Fui me abdicando de algumas coisas: do meu lar, da família, do ambiente, dos meus pertences e do outro lado, foi construindo uma forma de pensar mais positiva, mais planejada, mais limpa e mais aberta ao novo. Aquela famosa, mudança de hábito, da qual você saiu de uma zona aparentemente confortável e caminha a uma direção sem saber o que te espera. Claro, eu espero sempre que seja o melhor, mas imprevistos não estão descartados, né não?! 
Ao chegar aqui, nada compreendia e nada entendia o motivo do porquê estar aqui. Só sabia, que era por que eu escolhera viver coisas novas e claro, viver isso tudo ao lado do Marcos, que foi, o precursor dessa estória toda.

Estando aqui, a sensação é de ter se passado anos, afinal é um bombardeio de informações e de situações e no entanto, sou um bebê que acabara de nascer em solo germânico, com seus quase 3 meses de vida. Fico imaginar, uma criança que nasce e ao abrir seus olhinhos, fica confusa à tamanha claridade, o excesso de cores; de vozes e sons; cheiros e sensações. Que nó na cabeça né? Até seus sentidos tomarem consciência do meio...parece levar anos. E na verdade, foram apenas alguns dias. Essa percepção leva algum tempo, mas acontece no tempo de cada um, e você começa a buscar fazer parte de um todo, de um grupo, do contexto. E a nudez ( conhecimento, idioma, cultura, percepção...), da qual você chegou começa a se transformar em algo mais concreto, mais amplo, mais macro. É gostoso, você caminhar pelas ruas daqui e se sentir como parte do todo e não mais como, uma pessoa ora isolada, ora invasora. Essa sensação é ótima e única! A liberdade de (re) construir a sua estória, seja lá onde você se propor a ir/estar, pelo tempo que for necessário, sem sombra de dúvida, será um grande começo, de algo que só poderá sentir. 
Este clip, retrata muito bem, esse meu estado de espiríto, desde que aqui cheguei. Me sinto uma verdadeira geógrafa desenhando seus próprios momentos. Só posso dizer ao Universo: 
"Obrigada por possuir asas invisíveis, que me levam a cada dia a um lugar diferente".



                                                              Amooo essa música!!!

Um comentário:

  1. Oi, passando só pra matar a saudade. rs
    Somos crianças aprendendo tudo de novo e isso é muito bom (uma vez que a gente tb nao depende mais dos outros pra vivermos nossas proprias experiências. rá!)
    Bjs!

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